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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ver Vendo

De tanto ver, a gente banaliza o olhar – vê… não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver. 
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como um vazio.

indiferença

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe perguntar o que vê no caminho, você não sabe.
De tanto ver, você banaliza o olhar. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.
Lá estava sempre, pontualismo, o porteiro. Dava-lhe bom dia e, ás vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.

Um dia o porteiro faleceu. Como era ele? Sua cara? Sua voz?
Como se vestia? Não fazia a mínima idéia.
Em 32 anos nunca conseguiu vê-lo.
Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
Se, um dia, em seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência.

O hábito suja os olhos e baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver: gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

BEBE

Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. Há o pai que raramente vê o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher.

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos.
É por aí que se instala no coração o mostro da indiferença.

Autor: Otho Lara Rezende

segunda-feira, 26 de abril de 2010

6 Coisas que você não sabe sobre mim

Leila

Recebi da minha querida amiga Leila, do blog www.leilafranca.blogspot.com a indicação para fazer este meme, falando de 6 coisas que vocês ainda não sabem a meu respeito.

Também, como ela própria ao ser indicada, fiquei muito feliz pela lembrança, porque sei que existem muitas pessoas aqui no dihitt, mas principalmente porque eu adoro e admiro esta pessoa linda e talentosa que é a Leila Franca.

Tive muito mais alegrias que tristezas na minha vida, mas como todo ser vivo na face deste mundo, tive lá os meus percalços.

Vamos lá:

1- Sou Paulistana, nasci em uma cidade pequenininha no interior, Santa Fé do Sul…. lá onde Judas perdeu as meias (que as botas ficou beemmm antes). Lá fui batizada, e meus padrinhos tinham um belo e grande sítio.
Dos meus 4 anos até meus 10 anos aproximadamente, passei todas as férias de verão por lá. 
Meu padrinho nos (eu e meus amigos do sítio – os filhos dos funcionários) acordava as 4:30hs da manhã para tirar o leite das vacas, e depois colher milho. Ficávamos com as mãos toda machucada de colher milho, mas era uma festa. Depois de cumprida nossas  obrigações, ficavamos liberados para brincar. No sítio só tinha meninos (os filhos dos capatazes), nos divertíamos muito…. mas a brincadeira que mais me marcou era no pasto dos touros. Era um descampado enorme, gramado e  cercado, que tinha bem no meio uma árvore enorme.
Subíamos na árvore, e o desafio era:  quando o touro passasse embaixo, tínhamos que pular nele.
Só que…. obviamente não ficávamos no lombo do touro, íamos ao chão, e a diversão era fugir do touro antes de levar uma chifrada (hoje eu sei o quanto era perigoso, mas criança tem anjo da guara de de plantão). Um belo dia, meu padrinho descobriu nossa brincadeira, aí acabou-se…. levamos uma bronca danada com uma advertência que nos fez ficar longe dos touros…..kkkkkkk… coisas de padrinho bravo!

2- Neste mesmo período, morávamos em Rudge Ramos, tive uma infância livre e fui uma moleca. Vivia brincando com os moleques na rua, dava de tudo: Futebol, Polícia e Ladrão, Guerra de Mamona (nossa doia pra caramba), Taco, etc….
Nesta região, na época, próximo a minha casa tinha o Hipermercado Makro, onde meus pais iam sempre e conheciam os gerentes.
Meu irmão tinha uma espingarda de pressão, que por sinal um dia atingiu minha perna na parte interna (dói demais… e foi por maldade).
Mas, como boa moleca que era peguei a espingarda e fui com meu amigos, eu de espingarada e eles de stilingue, para o pátio da Makro….aãm?! porque?  Explico:
Vocês lembram aqueles enormes balões de propaganda que as empresas utilizavam? Pois é, era o nosso alvo!
Eu, de bermuda, camiseta, boné e uma espingarda na mão…. pimpa! acertei em cheio aquele balanzão… e ele ali devagarinho, murchando…
Claro que saímos correndo feito loucos, mas eu não sai do lugar e ainda senti alguma coisa me segurando forte pelo cangote….. Era o Gerente (amigo do meu pai), me pegou no flagra!
Levei uma baita bronca e fiquei 2 mêses de castigo sem poder ir pra rua brincar com meus amigos…. 2 mêses de tortura (se comigo ou com minha mãe eu ainda não sei!).

3- Na adolescência fui uma revolucionária, participei de grêmio estudantil, vivia intensamente a política (sabia tudo – hehehehe).
Nossa turma acabou conseguindo ficar toda junta em uma única sala, e ali aprontávamos muuuuiiiitttooo, e não havia professor que conseguisse nos “domar”.
E no colégio sempre fazíamos passeios bem divertidos. Num destes passeios, fomos para uma casa que tinha um forro onde podíamos entrar e andar por cima do telhado….
Como no dia seguinte a nossa chegada, chegaria na casa uma turma nova, que nunca tinham ido lá…. adivinha! Isso mesmo, combinamos de assustar o pessoal que iria chegar. Como sempre fui a mais miudinha da turma e sem nenhuma vergonha de aprontar, no dia seguinte fui para o forro….
Fiquei duas horas esperando eles chegarem (atrasou o ônibus)…. suava feito uma louca….mas não ia sair dali sem dar um bom susto nos “novatos”.
Chegaram por volta das 21:00hs… até tomarem banho, arrumarem as camas, conversarem, comerem….eu estava no décimo sono…. o fantasminha aqui dormiu até o outro dia pela manhã quando uma boa alma resolveu ir me chamar…..mas o detalhe é que levei um baita susto quando me chamaram, e sem querer rolei para cima de um pedaço de forro onde as tábuas estavam podres. Moral da história: Não assustei ninguém,me assustaram e ainda cai do forro  e luxei o pé!

4- Estudei piano durante 5 anos em um conservatório musical em São Paulo e depois aqui em Floripa. Tive como instrumento complementar (aquele que você aprende junto com o principal), bateria, flauta e harpa lírica
Todo final de ano fazíamos um recital… em um destes recitais, convidei um amigo de nossa familia.  Era uma daquelas pessoas que você sempre quer por perto, porque é alegre e de bem com a vida.
O único problema que ele tinha é que dormiu em qualquer lugar que ficasse parado por mais de 10 minutos.
Bom, pensei eu, ele não vai ficar parado em um recital…. doce ilusão.
Bem na hora da minha apresentação… na época tocaria “Galope do Diabo”, uma música forte, com acordes fortes….
No meio da minha apresentação, começo a ouvir um rooonc, rooonc, alto, muito alto…. exatamente….ele estava dormindo encostado no ombro da Diretora do Conservatório e roncava feito um porco sendo enforcado….. que vergonha! que Mico! Até hoje não sei como consegui chegar até o final da apresentação.

5- Nos meus 23 anos fiquei noiva, meu noivado foi decidido de um dia para o outro…. confesso que no começo era mais amada que amava… mas quando já não imaginava minha vida sem ele, foi assassinado em uma bobagem de trânsito.
Fui conhecer o assassino, que chorando muito me pediu perdão. Na época não tinha condições de perdoar, mas confesso que tive pena daquele ser humano. Hoje, não guardo mágoa alguma, e sei que começou aí a fase de maior aprendizado interior da minha história.

6- Por fim, os últimos fatos mais marcantes pra mim e que vocês não sabem, foi a morte da minha avó (que foi uma segunda mãe para mim e meus irmãos). Meu pai que faleceu em 2006 e deflagrou muitas mudanças na minha vida.
No ano seguinte e ainda desestabilizados, enfrentamos as mortes de minha tia (uma grande conselheira e amiga) e do meu irmão aos 49 anos.
Este fatos ainda tem uma importância muito forte, porque são bem recentes e ainda sofro o efeito deles. Mas ainda que sejam dolorosos, me ensinam a ter força e determinação pra continuar meu caminho, cultivando as duas coisa que mais gosto, que é rir muito de mim mesma, da vida e das loucuras que a vida vai nos trazendo!

 

Estes foram os que primeiro 6 que me vieram a mente… tenho muitos outros, alegres, tristes, simples, complexos….e com o tempo, vamos mostrando aos amigos.

 

Agora aproveito para indicar meus amigos que terei imenso prazer em saber um pouquinho mais:

Minha amiga Regina Bonelli – www.umlugaraoceu.blogspot.com

Meu amigo Fernandez – www.orsty.blogspot.com

Minha amiga Sereníssima – www.avozdapoesia.com.br

Minha amiga Edilene (aaamorrr) – www.mensagensdiversificadas.com.br

Meu amigo (primo) João Felipe – www.sempre-poucodetudo.blogspot.com

Minha amiga Josy Nunes – www.bananacomfarinha.blogspot.com

sábado, 24 de abril de 2010

O Louco Momento de Amar

almas gemeas

Gestos lentos de sabedoria e encanto
Perpetuam em minha alma
Amiga da simplicidade
Compreensiva na dor
Solitária no diálogo mudo…
Movimentos calmos e suaves
Combinam com a ansiedade
Do meu corpo jovem
Sonhador com a descoberta
Teimoso nas resoluções
Espontâneo e temeroso…
Pensamentos contraditórios e sinceros
Caminham em meu cérebro
Amante do desconhecido
Místico no desvendar
Lúcido no reagir, coexistir…
ROSAS_GEMEAS

E na junção entre
Alma
Corpo
Cérebro
Se desvenda um coração
Sempre pronto a sorrir ou chorar
Se abalar e se acalmar
Falar e calar
Ganhar e perder
Mas nunca calando
O louco momento de amar…

Valéria Braz

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os Três Filtros

Pai e Filho, na tentativa de purificar a água que utilizavam em casa, resolveram limpar o filtro que estava na cozinha. Enquanto limpava, o pai passou a explicar ao filho a importância de filtrar a água antes de bebê-la. Terminada a limpeza, fizeram o teste e o pai comentou:

“-Veja como a água está limpa! Todas as impurezas ficam nos filtros. O sujo que consegue passar por um, fica no outro ou no outro e  resultado final é maravilhoso.”

mae-e-filho1

A mãe, ouvindo o cometário do esposo, aproveitou a oportunidade e disse:”- Há também, três filtros que podemos construir dentro de nós, e são aquilo que de mais precioso alguém pode ter, ao pensar que está ajudando ou prejudicando alguém. E não precisa ser de carvão. São filtros da VERDADE, da BONDADE, e da UTILIDADE. Assim como você, meu filho, viu o resultado do uso do filtro de carvão, um dia vou lhe mostrar o que acontece quando utilizamos esses outros filtros que carregamos dentro de nós.”

Passado algum tempo, o menino voltou da escola e veio comentar com a mãe um fato, num tom sensacionalista: “-Mãe, sabe o que me disseram da família do Nelsinho?!”

-Bem meu filho, chegou a hora de usar três filtros internos de que lhe falei aquele dia. Comecemos com o filtro da VERDADE: você tem certeza de que o que vai me contar é verdade?”

- Bem… não sei não… só estou repetindo o que disseram.”

- Pois bem, vamos agora passar pelo filtro da BONDADE (ou amor): se isso que estão falando fosse algo acerca da nossa familia, você gostaria que fosse espalhado, contado?”

“- Ah! Não! Se fosse com a nossa familia, de jeito nenhum.”

- Finalmente, usemos o filtro da UTILIDADE (ou necessidade): você acha útil e necessário passar esta notícia adiante?”

Fonte: Histórias e Fábulas

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Em teus braços

abraço

Quando me encontro em teus braços
Envolta em palavras pulsantes
Me sinto presente
Em teus devaneios inconsequentes…
Mas no minuto seguinte
Quando me colocas como estátua
Que guarda teu mais louco desejo
Me clama a voz enebriada
Que te nego com sutil emoção
E nos subsequentes espaços que envolvem
Os medos e fantasias
Desconectam os ébrios sons
Que vão calados no teu receio
De doar, de se doar…
E num momento qualquer
Recuso a sintonia da geleira
Que te faz em meus olhos
A menina do teu querer…
E quando lembra a minha voz
Voa com os mistérios que nela traduz
E na chicotada que sentes
Sabe de forma anti inversa
Que na memória o meu lado teu
Não é diferente do teu lado meu…
E de forma dispersa e vingativa
Vai e se esconde na via láctea
Do não ter certeza
O que de modo tão claro
Te dá a vida
Sem cobrar-te por instantes
A utopia de sabermos ser
O que se proíbe viver…

Valéria Braz

A Cidade


Numa região de excelente clima, solo fértil e pouco montanhosa, foi construída uma cidade. E a fama de que aquela cidade era muito boa e promissora, virou sonho de muita gente.
Dois homens, quase que simultaneamente, morando em lugares diferentes, resolveram se mudar para aquela cidade. Praticamente, chegaram a mesma hora.  Dirigiram-se para o centro de triagem, uma espécie de portão de entrada da cidade, onde uma pessoa recepcionava os que chegavam e preenchia um pequeno questionário.
Além dos dados pessoais, referências, a entrevista tinha algumas perguntas específicas: "- Como era a cidade que o senhor morava?" Perguntou a moça da recepção, a um dos homens. " Era terrível. Muita violência, marginalidade, trãnsito louco e perigoso, as pessoas não se respeitavam, um alto índice de egoísmo, os relacionamentos eram superficiais, não se podia andar livrimente pelas ruas ou conversar nas calçadas. Por isso, eu vim para cá e gostaria de saber como é aqui."
A jovem respondeu: " Aqui também é assim... não tem muita diferença dessa sua cidade!" Ele, mesmo assim, ficou ali pensando para decidir se entraria ou não.
Em seguida, a mesma pergunta foi feita ao outro homem: "- Como era a cidade que o senhor morava?" Ele respondeu: " Ah! Lá era maravilhoso. Tão boa que eu já estava saturado de tanta tranquilidade - as crianças podiam brincar livremente nas calçadas, praticamente não se ouvia buzina de carros, casas sem muros, sem sistemas de segurança, as pessoas se relacionavam e se cumprimentavam alegremente, enfim, era uma cidade pacata e acolhedora. Por isso, eu vim pra cá, pensando em ter algo mais agitado e gostaria de saber como é aqui."
A jovem respondeu: "-Aqui também é assim... não tem muita diferença da sua cidade!" Imediatamente, o primeiro, que ouvira o diálogo, questionou a moça: " - Que história é esta?! Pra mim, você disse que a cidade é péssima. Pra ele, você afirma que tudo aqui é maravilhoso. Enfim, pra quem você disse a verdade?"
Respondeu a recepcionista: "- Eu falei a verdade para ambos. Os ambientes, em si, eles são, muitas vezes, iguais, frios, imóveis. Quem faz a leveza e a riqueza dessas ambientes, a tranquilidade e o bem estar são as pessoas. Portanto, dependerá de cada um de vocês esta cidade ser péssima ou excelente.

Fonte: Histórias e Fábulas

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pulsar Indecifrável

O que te faz em meu peito bater?
Não é a simplicidade da convivência
Nem tão pouco a euforia do desconhecido…

Talvez seja a alquimia do desejo
Que de tão indisvendável
Se torna simples no saber!

Não busco o infinito
Pois o infinito pode ser tão finito
Como o beijo prometido e não cumprido…

 A01rosa2

 

O corpo não revela
O que da alma
Nem sabe ainda…

 

 

 

Pois no perpétuo momento
O sentimento vaga
Entre o querer e o não poder…

Decidir é ser o que a vida oferece
E saber que do futuro
Pouco ou nada sabemos…

Portanto deixar o corpo
E a emoção decidir
Faz parte de um pulsar indecifrável…

Valéria Braz 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Monge Mordido

o-monge-e-o-escorpiao

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.

O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair novamente no rio.

Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

     — Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!

     O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:

Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

Fonte: http://paxprofundis.org/livros/parabolas/parabolas.html

Dois Corações

 

Dois corações se quebram, se partem
Ao perceberem que juntos não mais se satisfazem
Um nota que o outra não está dando carinho como antes
O outro nota que o jeito de olhar está diferente
Os dois se calam!
Longo silêncio!

coração

Tudo continua como se nada estivesse acontecendo
Mas os corações sabem que as coisas não estão normais
Os dias passam, as noites em claro se alongam
Os pensamentos fervem e as lágrimas caem de um olhar cansado
Mas nada se resolve
Como contar?
Como mostrar o que acontece?

Um coração não bate com a mesma intensidade de antes
O outro também não
Tudo se torna confuso
O beijo se torna vazio
O abraço frio
O olhar seco
O silêncio atrapalha
A verdade e o medo incomodam
A dor, a tristeza
Como contar?


Mas este momento chegará e será duro e triste
Fazendo com que as lembranças não se apaguem jamais
E estes dois corações que durante tanto tempo juntos
Encontraram dias de intensa felicidade, agora, separados,
Encontrarão dias de intensa agonia!
E hoje nesta noite escura
Um dos corações (o meu) toma coragem pra dizer
Mas não tem força para discar o número
Prefere apagar a luz, dorme e sonha!
Acorda no meio da madrugada com a lua vagando pelo céu

dor de amor 3
Chora, chora muito este pobre coração
Vê que este sentimento não tem fim
Será apenas uma crise, uma fase, vai passar?
E neste exato momento, nesta mesma noite, o outro coração (o seu) Também chora muito, e descobre que o sentimento é eterno e intenso!

Então, esses dois corações se encontram na sinergia do aprendizado
E amanhã passarão a viver novos tempos,
E terão momentos de intensa felicidade…
Porque estes dois corações questionaram seus sentimentos
E seus desejos
Descobrindo assim o amor em uma nova forma de coexistir!

Valéria Braz