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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Poema do Silêncio

Onde estão os sons que reverberam na essência de uma dúvida?
Onde há brilho diante da escuridão da injustiça?
Onde se esconde o sol na verdade de uma destruição?

Não quero palavras vãs ecoando desculpas mórbidas...
Não quero a luz de mentiras sórdidas que encobrem a verdade...
Não quero aquecer o dia com a deflagração de um olhar perdido na escuridão....



Para onde aponta o futuro na grandeza da selvageria urbana?
Para onde desponta o riso da criança esquecida nas redes virtuais?
Para onde apontam as bússolas de nossa história?

Talvez estejamos desenvolvendo um mundo desvanecido, esquecido...
Talvez estejamos recriando a inocência infantil...
Talvez estejamos apontando a lugar algum, mirando em algum lugar....



A verdade é que apenas estamos caminhando lentamente, desgovernadamente!
Nossos trilhos são os sons da natureza, nossa estrada as pontes de água cristalina!
O sol, o alimento, o sustento é a mensagem interior do silêncio que nos consola, acomoda!

Valéria Braz

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alma do Amor

Teus olhos banhados de prazer
No murmúrio suave da sua voz
Embalada no delírio de estar aqui
Teu corpo macio de formas suaves
Combinam com a agitação do teu orgasmo...
E no êxtase do prazer dois corpos se unem
Numa sintonia de insondável satisfação...
E depois o cansaço do corpo excitado
Te faz escorregar ao lado
Tua voz ofegante se faz muda
Teus braços tremidos enlaçam o motivo do prazer
Teus olhos calados se fecham
E sua alma se traduz no sonho conjugado...


Quando despertas teus lábios sorriem
Com os raios do sol dourado
Batendo nos cabelos ainda úmidos
Teu corpo se aconchega
Buscando o conforto de traduzir-se
Na presença do prazer realizado...


Seu suor ainda escorrendo
Convida por telepatia ao banho
E a água que molha dois corpos num só
Transformando-os em fantasia pede mais
E o carinho que nos une ainda nus
Despidos de pudor
Nos guia como Adão e Eva....

E juntos caminhamos no paraíso da fantasia
De dois corpos unidos em um só
De um momento que viverá por anos
De descobrir o ofegante e maravilhoso êxtase
De se encontrar


Mesmo que apenas por uma pequena eternidade...
 Valéria Braz

sábado, 23 de outubro de 2010

Hoje eu preciso


Preciso  soltar as amarras
E encontrar no peito a garra de recomeçar....
Preciso voar, viajar até as estrelas
Descobrir o prazer de sonhar
E a ternura de buscar...
Preciso de um papo cabeça, de um  papo bobo...
Jogar conversa fora e relaxar...
Preciso ver o nascer e o por do sol e voltar a sonhar
Andar descalça na terra e acreditar que tudo vai dar certo...
Preciso de um banho de cachoeira, do sal do mar e fazer amor
Do silêncio, do conforto de um ombro, me fortalecer....


Preciso de guerra de traveseiro, ver um filme, comer pipoca
Rir, de mim, do outro, da situação...
Preciso jogar pedra na água, fazer guerra com a mangueira...
Ser menos adulta, mais moleca, menos mulher, mais pessoa....
Preciso de apoio, conforto
De coisas simples, num dia atoa, me reencontrar..
Preciso construir uma ponte sólida, vencer as diferenças e voltar a amar....

Hoje preciso de mim!

Valéria Braz



Fonte das fotos : Google imagens