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domingo, 26 de setembro de 2010

O tempo do tempo


No tic-tac do relógio
Um filme em meus olhos...
Pra que desperdiçar o tempo
Do tempo que ainda me resta?


Quanto tempo perdemos
Remoendo o passado
A dor de um coração despedaçado?


Quanto tempo perdemos
Desejando o que não foi
E esquecendo de viver o que é?

Quanto tempo perdemos
Buscando uma amizade que voa
Deixando pra depois tantas que pousam?

Quanto tempo perdemos
Parados no desejo de esquecer
Esquecendo de desejar caminhar?

Quanto tempo perdemos
Com um sorriso contido
Prendendo no peito o sorriso perfeito?

Quanto tempo perdemos
Olhando o tempo que foi
Sem tocar no tempo que vai?

Quanto tempo perdemos
Nos prendendo em palavras vazias
Sons que se dissolvem em nosso próprio medo?

Hoje quero me ocupar de palavras sábias
Viver o enlaçar do tempo ao vento
Desejar apenas ser o que se é a cada segundo
Descortinar o sorriso na felicidade de aprender
Viver, amar....

Não quero mais perder o tempo
Do tempo que me resta....



Valéria Braz

Fonte das imagens: google

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Procura-se um amigo - Eu já encontrei vários

Este poema (que não sei quem é o autor) é a forma de agradecer a todos os amigos que estiveram junto comigo no dia de ontem, onde mais um ciclo se completa em minha vida!
Percebi que mesmo quando nos  afastamos, os verdadeiros amigos, virtuais ou não, jamais deixarão de lembrar da marca que deixamos em seus corações.
Minha alegria foi imensa, ao perceber que eu já encontrei amigos maravilhosos e  que carregarei eternamente em meu coração.
Adoro todos vocês que estiveram ao meu lado, que apenas pensaram em mim e os que ainda virão!
Em especial a você Diego, o responsável por ter unido todos estes amigos em torno de você, pensando em me dar esta alegria.... adoro você meu amigo apaixonado!






Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. 
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. 
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. 
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. 
Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. 
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. 
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. 
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. 
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. 
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. 
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Autor: Pra mim desconhecido... se alguém souber dizer de quem é, farei as devidas alterações.



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A verdade de um amor

Viajando nas verdades 
Que um dia vi no seu olhar
Pude descobrir as mentiras
Que o amor pode contar...

Percorrendo as avenidas
Que encontrei no teu corpo
Fui criando o mapa
Tortuoso das emoções...


Reconstruindo o muro que vi ruir
Nas encostas de um segredo
Percebi que a doçura de um afago
É um simples olhar nos olhos...

E no desencontro de passos errados
Pude descobrir no sonho do amor
A face justa e oculta de desvendar a mim mesma
E me vislumbrar ainda mais forte...

E se no amanhã o hoje se fizer
Será a força de saber
Que amar é tão somente
Buscar o outro quando encontramos a nós....

Valéria Braz

sábado, 4 de setembro de 2010

A cobra e o vaga-lume

                  Na floresta, todos os animais temiam a cobra. Quando ela passava, os bichos se esquivavam para não aborrecê-la.

                 Um certo dia apareceu por aquelas bandas, um vaga-lume que, alegremente, fazia a festa na floresta, com seu brilho. Os animais faziam questão de prestigiar as aparições noturnas do vaga-lume, pois, enquanto olhavam para ele, esqueciam as preocupações de sobrevivência do dia seguinte. Só a cobra não estava gostando daquilo.
                Cada dia que passava, ela ficava mais irritada com o sucesso que o vaga-lume fazia entre os bichos e, por isso, resolveu que iria comê-lo. Arquitetou vários planos para pegar o vaga-lume e nada dava certo.
                O vaga-lume por sua vez, não entendia porque a cobra vivia querendo devorá-lo, pois, pequeno do jeito que era, nem ao menos servia como aperitivo.
                Mas, num fatídico dia, o vaga-lume fica frente a frente com a cobra, sem condições de escapar.                     Desesperado, antes de morrer, resolve indagá-la: "-Dona cobra, eu não lhe fiz mal algum. Não sirvo para alimento, pois sou bastante pequeno. Por que a senhora quer me comer?" A cobra olha fixamente para o vaga-lume e diz:       "-É que eu odeio ver você brilhar!".





Quantas pessoas passam em nossa vida querendo afuscar nosso brilho? E quantas vezes nos vimos a frente delas indefesas e sem entender o porque?
Que possamos brilhar sem nos incomodarmos com o brilho de outras....
E para aqueles que não conseguem viver vendo o briho dos outros:
"Se sua estrela não brilhe, não procure apagar o brilho da minha!"

Fonte: Histórias e Fábulas - Albigenor e Rose Militão

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Palvras ao Vento


Nas mãos do destino
Entrego as palavras
Que jogadas ao vento
Fizeram o silêncio no meu coração...

Na mágica do amanhã
Faço das escolhas
As cores de uma nova estação
Que chega serena e silenciosamente...

Na verdade do passado
Lavo a alma
Com a lavanda orvalhada
Do aprender a ser...

Na pureza do hoje
Enxugo lágrimas doces
De momentos que se foram
E deixaram as marcas da saudade...

Mas na loucura do agora
 Olho com os olhos da alma
O estridente e encantado encontro
Da poesia com o amor...



Poesia: Valéria Braz
Fotos: Google